quinta-feira, 4 de abril de 2013

KISS Meets the Phantom of the Park (1979)


O que esperar de um filme estrelado pelos ícones do rock farofa?


Não existe, nesse planeta, banda mais marketeira do que o KISS. Quase todo tipo de produto já recebeu seu famoso logotipo, de camisetas a caixões. Os integrantes já foram heróis de história em quadrinhos, bonecos, chaveiros, figurinhas e em 1979, ganharam superpoderes no TV movie KISS Meets the Phantom of the Park.

No filme, os quatro músicos são contratados para fazer shows num parque de diversões aparentemente comum, quando entra em ação o vilão Abner Devereaux, um cientista maluco que clona humanos e os transforma em robôs em seu laboratório. Assim, a banda precisa usar seus poderes para impedir que Devereaux conclua seu plano de dominação mundial.

Os únicos momentos em que KISS Meets the Phantom of the Park não provoca o riso no espectador são os intencionalmente cômicos. Os efeitos especiais usados para demonstrar os poderes dos personagens são medonhos e a coreografia das cenas de luta é hilária, mas as atuações são ainda piores. As piadinhas de Peter Criss e o fato de que Gene Simmons se comunica quase exclusivamente através de rugidos são toques especiais nessa obra de arte.


Algo me diz que 34 anos ainda não foram suficientes pra que Paul, Gene, Ace e Peter tenham conseguido superar a vergonha de ter participado desse filme.


O ponto alto da farofa: A luta contra um time de andróides que parecem gatos gigantes. (?)

Elenco:
Paul Stanley - Starchild
Gene Simmons - The Demon
Peter Criss - Catman
Ace Frehley - Space Ace

Tá, e agora?
Se você realmente quiser ver essa farofada toda, pode clicar aqui e fazer download.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Teen Wolf (1985)

Título brasileiro: O Garoto do Futuro.

Por quê, Michael J. Fox? Por quê?



Em 1985, Michael J. Fox atuou no filme que marcou sua carreira pra sempre e que se tornou um cult classic quase instantaneamente. Infelizmente, não dá pra dizer o mesmo de seu trabalho seguinte, Teen Wolf.

O filme é exatamente o que o título sugere. Uma comédia de high school, onde o protagonista é um adolescente comum que descobre que é um lobisomem. Todos os clichês de filmes teen estão presentes: conversas nos armários da escola, a amiga bonitinha que gosta do protagonista, a loira popular esnobe, o namorado violento da loira, o baile do colégio, etc.

Pra piorar, o filme inteiro é um chute na boca da mitologia dos lobisomens. Sem maldição transmitida através de mordida, sem transformações dolorosas em noites de lua cheia ou horas violentas nas quais a vítima nem ao menos está consciente.  A "doença" de Scott é hereditária, as transformações
são voluntárias e por algum motivo, ninguém na cidade acha estranho que um adolescente perfeitamente normal vire de repente um monstro peludo dolorosamente parecido com um wookie.

Como se não bastasse, ele começa a ganhar popularidade graças a suas novas características e desenvolve crises de identidade, que eventualmente culminam na mensagem importantíssima que o filme tenta passar: seja você, por mais que seja legal ser um lobisomem super cool que sabe fazer backflips sobre uma van em movimento.

Com tantos elementos farofa, Teen Wolf perde a chance de não se levar a sério, que é a melhor coisa que um filme desse tipo pode fazer.




O ponto alto da farofa: O jogo de basquete. Aparentemente, ser um monstro não é problema se a transformação te deixa bom em esportes de uma hora pra outra.


Elenco:
Michael J. Fox, que adquire a habilidade de se transformar num moço muito cabeludo.
Susan Ursitti como Boof, a amiga bonitinha.
Jerry Levine como o amigo engraçado e provavelmente o melhor personagem do filme.

 
Tá, e agora?
Disponível para download aqui.

  • Numa tentativa picareta e ridícula de pegar carona no sucesso de Back to the Future, o filme foi lançado no Brasil como O Garoto do Futuro. Futuro. Um filme sobre um lobisomem. Faz perfeito sentido.
  • Em 2011, a MTV lançou uma série com o mesmo título e conservando os nomes de alguns personagens, mas aparentemente as semelhanças entre série e filme param por aí.

Weird Science (1985)

Título brasileiro: Mulher Nota Mil

Nem John Hughes escapa da farofa.


Trinta anos atrás, a popularização dos computadores ainda dava seus primeiros passos e ninguém sabia muito bem o que eles podiam fazer. Por isso, essa época possui uma quantidade enorme de filmes de sci-fi explorando a ideia das possibilidades aparentemente infinitas apresentadas pela tecnologia. Weird Science é um perfeito exemplo disso.



Nesse filme escrito e dirigido pelo mestre dos filmes teen oitentistas, dois rapazes nada populares resolvem usar um computador pra criar uma mulher, num processo que envolve uma animação terrível do cyberspace, uma boneca, disquetes, recortes de revista usados como referência para os atributos físicos e intelectuais e até um ritual que por algum motivo exige o uso de sutiãs na cabeça e velas acesas. E é claro que com a mulher perfeita, os dois arranjam também uma série de problemas.

Weird Science é  provavelmente o filme mais despretencioso da carreira de Hughes e é um desses clássicos da Sessão da Tarde que são divertidos exatamente pela farofagem. É pra não levar a sério e dar risada.

Pois é.


O ponto alto da farofa: Esse filme é cheio de ícones, mas a cena dos sutiãs e a da transformação bizarra do Chet são particularmente dignas de destaque.




Elenco:
Anthony Michael Hall, o nerd de Breakfast Club, o nerd de Sixteen Candles, o Bill Gates de Pirates of Silicon Valley...
Ilan Mitchell-Smith, o amigo do Anthony Michael Hall, vulgo "outro nerd".
Kelly LeBrock, especialmente linda nesse filme.
Robert Downey Jr, que nem tem um papel tão importante, mas é sempre legal ver atores em seus tempos juvenis.


Tá, e agora?
Quem tem Netflix, pode clicar aqui pra assistir e quem não tem pode clicar aqui pra fazer download.

Garth Marenghi's Darkplace (2004)

Em apenas seis episódios, Garth Marenghi's Darkplace define farofa muito melhor do que a imagem no topo dessa página.


Garth Marenghi é um escritor de romances de horror que apresenta ao público sua série de TV gravada nos anos oitenta e jamais exibida. O programa, estrelado por ele próprio, seu editor e um time de péssimos atores se passa em um hospital e é uma combinação de série policial, suspense, terror, ficção científica e ação.

De uma vez só, a série consegue satirizar vários gêneros, sendo propositalmente terrível em todos os aspectos possíveis. Edição mal feita, microfones aparecendo, áudio ruim, efeitos visuais horríveis e gore absurdo são apenas algumas das características dos episódios originais.

Além das exibições de Darkplace, Marenghi ainda faz leituras de trechos de seus próprios livros e convida o elenco para fazer comentários sobre essa pérola oitentista.

Quem curte uma boa farofa com certeza vai chorar de rir.



O ponto alto da farofa: Nesse caso é impossível escolher um momento específico, a série toda é o ponto alto. Sério.

Elenco:

Matthew Holness como Garth Marenghi, que por sua vez interpreta Dr. Rick Dagless, M.D. em Darkplace.
Richard Ayoade (o Moss de IT Crowd) como Dean Learner, o editor que interpreta Thornton Reed.
Matt Berry (também de IT Crowd) como Todd Rivers, o ator que interpreta Dr. Lucien Sanchez.
Alice Lowe como Madeleine Wool, a atriz que interpreta a Dra. Liz Asher.

Tá, e agora?
Você pode baixar a série completa + extras + legenda em inglês clicando aqui.